sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O elogio da fealdade
Há casas tão feias, tão feias que parecem um hino à fealdade. Pertencem a várias géneros de personalidades. Ora são abrigos, ora são situações coisificadas., ou seja, nada se entende, mas contudo têm chão e tecto: princípio básico, segundo Le Corbusier para se partir para a internalidade e o fechamento íntimo.
Existem e acontecem espantos súbitos e imediatos que não há volta a dar-lhes, pelo intocável sentido de muitas vezes não serem nossas... e, nada podermos comentar: nem na estética, nem a sua ausência. Há então o primeiro sentimento a respeitar: precisamente o comentário contido, exercício de sorriso e distância que nos deixa a subtileza abstracta da estética longínqua e a permissão de nos deixarmos escorregar pelo afecto. Nossos ímpetos primitivos de qualquer casa poder ser o que é; precisamente porque é um desejo epidérmico da cobertura de quem a quiz tal como a projectou, inventou, recriou, destruiu e remodelou no pior sentido quanto a nós comuns seres humanos como todos e iguais e diferentes por várias desenvolturas das terras, das religiões, ou suas ausências, mas toda a geografia inteira. Enfim sentimo-nos bem lá dentro, muito melhor do que pensávamos, e pior e porque queremos fugir, pelas janelas, pelas portas, pelos telhados porque há paisagens panorâmicas em 360ºde castelos, de montes recortados serenamente, de pinheiros mansos, de patos, de gaivotas e garças que voam e de mar. Sobretudo de mar e fios d'água que correm em estreitos de caniçais lá em baixo por caminhos de amoras líquens de várias formas e discretas cores.
domingo, 25 de julho de 2010
Espaços cheios/de vazio
O bloco de feno paralelipipédico podia suportar duas rodas sob ele para rolarmos, rolarmos aos tombos pelos silvestres caminhos de amoras e todas as bagas de dádiva sagrada. À noite haveria o solo de palha e o céu de estrelas que nos cobriria de cores, mais e menos escuras.
O sonho da casa
Há as casas com as quais sonhamos, as que sonhámos, as possíveis e as impossíveis. As casas das nossas noites enquanto sonhamos e voamos. Há as casas destruídas e as que destruimos. Numa destas semanas iniciámos uma casa de sonho para crianças que podem lá sonhar e dormir. Numa escala à sua medida servimo-nos de materiais que hoje se despejam pelos campos como se os campos fossem lixeiras. Como se os seres vivos que por lá vivem não tivessem direito ao sonho e aos seus vôos alternativos e oxigenados de bons ares dos pinheiros e dos fenos.
Semeámos rabanetes para que eles pudessem ver o seu crescimento rápido. Ontem dispusémo-los em carreirinhos e regámos com a água que regava o milheiral. As crianças deviam ser educadas no campo e no cultivo do verso de virar a terra e olhar os animais e os relógios de pedra solares para que do tempo e da pedra, soubéssem melhor as estórias da vida e dos medos.
sábado, 24 de julho de 2010
Tomilho, o burro com 3 meses
Assim a definição da porta da aranha é de tão bela entrada como qualquer entrada na casa do Homem. Assim o burro Tomilho bebe a sua água como o cavalo pasta comendo os alimentos de que necessita. E era bom que tudo o que nos rodeia fosse simples e fácil sem maiores latitudes ou longitudes.
A Casa
Hoje embaraçei tudo como num caos. Outras epidermes, nós e novelos se vieram juntar aos meus. Desembaraço tudo, acendo velas e contínuo a pensar no ovo e na elipse como as formas mais belas onde o pensamento rola e desenrola. Por isso serei ainda capaz de estar dias inteiros à espera de todos os modos e maneiras de desembaraçar tudo.
Um dia na minha terra vi o sr. Francisco, que era um paciente sapateiro, e que tinha sempre um alguidar de água junto ao banquinho baixo onde se sentava elaborando todos os arranjos com fios fortes que davam pontos nos sapatos que ele puxava com energia como uma gaivota que abre as suas asas, vi-o como ia dizendo salvar uma formiga desse alguidar de água, ajudando-a com o seu dedo e com as suas palavras:- então tu querias-te afogar? Junto a estas imagens e outras guardo centenas de outras que fazem parte da minha cultura, como uma Maior Universidade da Vida.
Quando soube que Aristóteles dava aulas caminhando pelas ruas pensei se não foi assim que aprendi as verdadeiras Leis da vida e do universo?
sexta-feira, 23 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
o verso do dia
Houve um tempo em que não podia viver diariamente sem ir ver o Pôr-do-Sol. Como não me deitar sem antes ler um livro. Uma espécie de hábitos adquiridos com nomes próprios, como também aquele que é não lavarmos os dentes após as refeições. Situações que nos podem levar a um terrível mau humor sem explicação, e sem que alguém nos possa compreender de imediato.
Tal como muitas coisas inexplicáveis dos nossos mais ínfimos pormenores internos e complexos. A este fenómeno os biólogos chamam FILÓGENESE.
Contudo temos muitas vezes de nos desabituar de muitos códigos que atribuímos à nossa vida: quer por nós quer pelos outros. Alguns com um enorme sentimento de perda. Mas quando são bons ficam eternamente guardados como tesouros, como este Pôr-de-Sol onde estive há pouco.
Soube também que cientistas acabam de descobrir que o Sol é verde. História credível, segundo certos espectros e até o último raio verde do Sol, nestes Poentes.
Tal como muitas coisas inexplicáveis dos nossos mais ínfimos pormenores internos e complexos. A este fenómeno os biólogos chamam FILÓGENESE.
Contudo temos muitas vezes de nos desabituar de muitos códigos que atribuímos à nossa vida: quer por nós quer pelos outros. Alguns com um enorme sentimento de perda. Mas quando são bons ficam eternamente guardados como tesouros, como este Pôr-de-Sol onde estive há pouco.
Soube também que cientistas acabam de descobrir que o Sol é verde. História credível, segundo certos espectros e até o último raio verde do Sol, nestes Poentes.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
A Menina Judite,dos CTT ou, «Judite nome de Guerra»
Etiquetas:
as cartas,
os cordéis,
os pacotes e as surpresas,
os selos
Subscrever:
Mensagens (Atom)