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domingo, 25 de julho de 2010

O sonho da casa











Há as casas com as quais sonhamos, as que sonhámos, as possíveis e as impossíveis. As casas das nossas noites enquanto sonhamos e voamos. Há as casas destruídas e as que destruimos. Numa destas semanas iniciámos uma casa de sonho para crianças que podem lá sonhar e dormir. Numa escala à sua medida servimo-nos de materiais que hoje se despejam pelos campos como se os campos fossem lixeiras. Como se os seres vivos que por lá vivem não tivessem direito ao sonho e aos seus vôos alternativos e oxigenados de bons ares dos pinheiros e dos fenos.
Semeámos rabanetes para que eles pudessem ver o seu crescimento rápido. Ontem dispusémo-los em carreirinhos e regámos com a água que regava o milheiral. As crianças deviam ser educadas no campo e no cultivo do verso de virar a terra e olhar os animais e os relógios de pedra solares para que do tempo e da pedra, soubéssem melhor as estórias da vida e dos medos.

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