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domingo, 25 de julho de 2010

Espaços cheios/de vazio

Gostava de ter uma casa sobre um fardo de feno com rodas e outro para me abrigar. Nas noites de luar como vai acontecer amanhã ou depois abriasse uma janela como um óculo ou um periscópio. Poderia ter a passarola do Bartolomeu de Gusmão com canções do Scarlatti, para voarmos sobre as marés vazias e cheias.
O bloco de feno paralelipipédico podia suportar duas rodas sob ele para rolarmos, rolarmos aos tombos pelos silvestres caminhos de amoras e todas as bagas de dádiva sagrada. À noite haveria o solo de palha e o céu de estrelas que nos cobriria de cores, mais e menos escuras.





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