Dias que as mulheres trabalham a dias e a noites, dias que a Mulher não descansou nunca e pouco se divertiu. Dia da Vida das Mulheres e dos Homens, do Homem afinal. Da Mulher sempre porque pariu e gera os homens.
Dia da Vida toda Inteira.
sábado, 30 de abril de 2011
Viagens
As viagens sempre foram para mim, uma ida ao paraíso. Fosse ele qual fosse, cheguei a tal ponto que mesmo durante o meu quotidiano de trabalho, gostava de pensar que a um quilómetro de minha casa já estava a ir para muito longe; para um universo e mundo diferentes do habitual. De facto cada dia é diferente do outro. E tanto nos espera essa circunstancia operativa com o que possa ser magnífico, como o oposto até terrífico. Assim é a vida, o espelho que traduzimos e a alma com que a impregnamos, iludimos e desiludimos. Por isso também é bom que se cante, se pinte, se escreva, toque e se passeie e viva enquanto isso nos for permitido.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Cristo e suas formas estéticas de padecimento
De expressão da maior e mais complexa abnegação, olhamos vagarosamente esta imagem sem que ela não nos remeta igualmente à nossa recôndita e interna interrogação sobre a tragédia do mal em nós e nos outros. A ausência de misericórdia duns sobre a submissão d'outros homens? Um interrogatório infindável de palavras silenciosas, ou de grito sem complacências para quem queira gritar, orar ou perguntar-se a si mesmo e aos outros as razões da agressão na Humanidade?
Uma imagem que me faz demorar sobre ela no Museu N. de Arte Antiga.
Uma imagem que me faz demorar sobre ela no Museu N. de Arte Antiga.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
A religião mãe de todas as religiões
Precisamos de inventar histórias para que os nossos rituais se segurem e que nós nos seguremos neles. Sejam lendas, contos apócrifos ou não apócrifos procuramos e desejamos infinitamente um recôndito modo de ser feliz. Aqui e ali, de barco, de carro, avião, a cavalo andamos todos à procura de um centro semelhante a um abraço de chegada, e por vezes a algum de despedida, quando por um acaso nos cansamos do mesmo de muito.
1ºs Domingos, 2ºs Sábados, Feiras e Mercados, flores, animais, migrações, partidas e chegadas.
O adeus. A saudade, a indecifravel bonança que deseja agressão e a agressão que deseja a paz.
É hoje Sexta-feira de Paixão, marcada para mim por umas férias campestres continuamente proliferadas de pastos de flores; flores de incontrolados coloridos, uma profusão mística de atmosferas . Uma anestésica ambiência para abelhas, aves e todos os seres em geral. Tons e sons afrodísiacos, inebriantes que entontecem e deixam um rasto de espirais sagradas mesmo para quem diz que não professa uma religião específica, mas que por impossível que seja é captado pela religiosidade do universo
O adeus. A saudade, a indecifravel bonança que deseja agressão e a agressão que deseja a paz.
É hoje Sexta-feira de Paixão, marcada para mim por umas férias campestres continuamente proliferadas de pastos de flores; flores de incontrolados coloridos, uma profusão mística de atmosferas . Uma anestésica ambiência para abelhas, aves e todos os seres em geral. Tons e sons afrodísiacos, inebriantes que entontecem e deixam um rasto de espirais sagradas mesmo para quem diz que não professa uma religião específica, mas que por impossível que seja é captado pela religiosidade do universo
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Minha Mãe no centro da photo de 1937
Gosto muito da palavra inglesa "Passover", parece-me sempre qualquer situação acima de qualquer suspeita e com dignidade. Ainda com a certeza do lugar bonito para onde se vai.
Se se fôr... O nosso simples "Passamento" dá-me uma outra gravidade.
Pode-se passar por qualquer lado, de qualquer maneira; quer seja por baixo da ponte, quer amordaçado e morto ignóbilmente, como conheci tantos a quem isso aconteceu. Evidentemente que as palavras não mudam os registos das situações. Morrer na ausencia de decência em nenhuma língua deveria acontecer.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Janeiro de 1947
Este foi o ano em que fui concebida; talvez no mês a seguir pois viria a nascer mais para o fim do ano; concebida por meus pais, todas as figuras aladas, todos os espíritos santos e diabólicos. Embora todas as crianças:perguntem: onde estavas antes de nasceres? E não chega o passado curto, querem uma antiguidade classica. Preferem que conte estórias e que diga: sei lá... talvez tenha vindo da Grécia das colunas Jónicas, ou Dóricas e ou Coríntias. Que vim do rio Tigre, da Mesopotamia, ou sei lá de onde. E não temos palavras para este arcaísmo de pensamento transversal a todos os mundos e séculos mesmo a.C.
Ignoro se meu pai me terá guardado esta folha de calendário que seria onde eu viria poucos anos mais tarde a desenhar. Folhas que me desvaneciam em amores pelas imagens viajantes e pelo verso branco e brilhante, nada igual ao papel almaço com uma alegoria muito patriótica que os meus colegas se entretinham a realçar com um lápis para que a sua visibilidade fosse demonstrada, meio atrevidamente, meio inocente; uma vez que toda a gente sabia que a heráldica significante lá estava. Aquilo irritava-me. Retirava o espírito virgem e imaculado à folha. Irritava-me já nesse tempo infantil que seguissem aquilo como rebanhos. E não tivessem imaginação para recriar.
E eram estas as folhas para os meus albúns de desenhos e encantos de fazer passeios com os lápis de côr por terrenos de neve brancos, como este que por coincidencia até também tem neve, mas não era desta que se tratava, mas sim do reverso da folha do calendário.
terça-feira, 19 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Quando os desenhos se pintam dentro de nós
Há dias em que os desenhos vêm até nós de um outro universo qualquer. Somos escolhidos para representar imagens e nem sabemos de onde vêm essas energias; que parecem mágicas e de fortes e intensas sensações.
Fazêmo-las incógnitos, anónimos e de forma expontânea e vibrátil, sem saber porquê, nem para quê...
desenhos que desenhei por aqui e ali...
Das minhas gatas, que me atraíam para desenhá-las enquanto se espreguiçavam e dormiam numa paz consolidada num sono e sonho que sempre indicava serenidade, dentro dos seus despertares insólitos expectantes, languidos e numa descontração ilimitada e descomprometida, sem destino, sem ontem nem amanhã. Uma identificação invejável, naquele viver o seu segundo de vida sem hesitação. Plenas de tranquilidade e sabedoria, sentido longínquo e tão característico dos felinos.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
paraísos esquecidos
Podemos chamar 'esquecidos' perdidos, artificiais ou naturais, abandonados, e vizinhos de intensos tráficos e sujeitos às maiores atmosferas poluentes. Ameaçados como animais sem pernas e sem asas. Que mesmo que as tivessem já pouco teriam para fugir. São alguns dos meus lugares de sonho e sempre idealizados na infância como destinos eternos. Perto de moinhos d'água a que chamamos azenhas e moinhos de vento que sempre chamámos moinhos apenas.
terça-feira, 12 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
A nossa Gata de família
Dizem dos gatos que dormem muito porque têm de estar sempre muito despertos.
Tem um sentido muito Oriental, de aforismo interessante.
GOSTO: como se diz no FaceBook, mesmo antes de manifestarmos a nossa opinião, o que é deveras interessante e caso de estudo, desta entidade...
Gosto mais de olhar os gatos. Os verdadeiros. Tudo o que se faz a partir deles é sempre menor. Mesmo assim adoro desenhá-los. E são memória. Esta era a Bolha que não lhe conheci a sua avó desalmada (a lembrar-me do G. Garcia Marquez), mas era incrível de vivacidade e de semelhança entre felino/canina.
Tem um sentido muito Oriental, de aforismo interessante.
GOSTO: como se diz no FaceBook, mesmo antes de manifestarmos a nossa opinião, o que é deveras interessante e caso de estudo, desta entidade...
Gosto mais de olhar os gatos. Os verdadeiros. Tudo o que se faz a partir deles é sempre menor. Mesmo assim adoro desenhá-los. E são memória. Esta era a Bolha que não lhe conheci a sua avó desalmada (a lembrar-me do G. Garcia Marquez), mas era incrível de vivacidade e de semelhança entre felino/canina.
Parece-me bem que o passado se aproxime do futuro; não tão bem em passos de gigante; a destruição dos passos das gentes do passado foram pegadas com história.
O projecto «Janelas de Carnide» invade essas marcas e substítui-as com violação silenciosa e subterrânea por subtis percursos de outras novas histórias. É distintamente um projecto de elite para ecónomias diferenciadas. É o que manda quem + pode, "sem eira nem beira"!
O projecto «Janelas de Carnide» invade essas marcas e substítui-as com violação silenciosa e subterrânea por subtis percursos de outras novas histórias. É distintamente um projecto de elite para ecónomias diferenciadas. É o que manda quem + pode, "sem eira nem beira"!
sábado, 9 de abril de 2011
Comoções
Comove-me tudo o que nos desaparece. A Alteralidade da Vida, os uns e os outros activos em mundos e submundos, animais vegetais e minerais.
Sim; comovem-me os bocados de montes arrancados, como se fossem vorazes dentadas de monstros. As plantas partidas e secas e os animais sempre à procura desesperada de nunca sabemos o quê?
Comove-me a sua semelhança connosco. Uma identidade clara e transparente. O dialógo do silencio, do dito e repetido. O Olhar, a sombra, o deslizamento do rolar da pedra.
Adorava as minhas gatas, não como os egípcios antigos que as idolatravam, mas as levavam com eles para os túmulos faraónicos mesmo em vida. As idolatrias criam histerias. Adorava a hiper-elasticidade que lhes permitiam estes enrolamentos e espreguiças, a procura do quente e do colo. Uma domesticidade amorosa, independente e repleta de caprichos semelhantes ou ainda maiores do que os meus. Comove a partida e o modo como o fazem e nos olham ainda a quererem algum consolo e também a consolarem-nos.
Sim; comovem-me os bocados de montes arrancados, como se fossem vorazes dentadas de monstros. As plantas partidas e secas e os animais sempre à procura desesperada de nunca sabemos o quê?
Comove-me a sua semelhança connosco. Uma identidade clara e transparente. O dialógo do silencio, do dito e repetido. O Olhar, a sombra, o deslizamento do rolar da pedra.
Adorava as minhas gatas, não como os egípcios antigos que as idolatravam, mas as levavam com eles para os túmulos faraónicos mesmo em vida. As idolatrias criam histerias. Adorava a hiper-elasticidade que lhes permitiam estes enrolamentos e espreguiças, a procura do quente e do colo. Uma domesticidade amorosa, independente e repleta de caprichos semelhantes ou ainda maiores do que os meus. Comove a partida e o modo como o fazem e nos olham ainda a quererem algum consolo e também a consolarem-nos.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
St Gall, Stª Maria da Vitória e Alcobaça
Como se fosse um condomínio fechado, o mosteiro de St Gall fascina-me tal como Alcobaça. Alguma força telúrica e talvez também aquela soberba inteligencia de dedicar a 1ªpedra das abadias perto dos rios para se poder alimentar os pedreiros cantantes. Talvez estejam a substituir os mosteiros por centros comerciais, mas é quase como substituir o sagrado pelo profano. Acabam-se as hierofanias para se substituirem por falaciosas mafias.As 3 fotos pertencem a 3 distintos lugares: mosteiro da Batalha, Capela Nª sra do Desterro-Alcobaça e St Gall,respecti/.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
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