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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As tendas à beira da estrada



A tenda à beira da estrada aparece e apresenta-se como as estações do ano.
No Outono a vinha inclina-se sobre ela e criam um espectáculo cénico de pasmo. A curva pacífica dos montes como horizonte deixa-nos a vista pousar tranquilamente neste todo; e, inesperadamente de dentro deste improviso saem coisas, entram coisas. Apenas é preciso estar atento. Atento aos 3 lados do triangulo, como uma trindade e/ou uma triologia. É uma forma piramidal que se veste, se despe e deve ter a medida d'ouro para ser tão atrente, embora seja de lata como uma figura do «Feiticeiro de Oz».

MoMA PS1: Slideshow

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Home : Matteo Thun

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A porta Medieval


Por esta porta entrava e saia uma família com 4 filhos.
A mais velha das filhas chamava-se Palmira, e a mais nova Isilda, a mais linda de todas. A estória nem é a do moleiro. Poucos partiram e antes pelo contrário; foram ficando no labirinto de um buraco escavado entre dois prédios também pequenos.Entre as duas raparigas, e no meio, haviam 2 rapazes que não me lembro o nome. A Palmira casou e teve 2 filhos gémeos, e mais outro rapaz, o marido separou-se dela e deixou-a com 3 filhos, os quais foram criados com muito sacrifício. O mais velho foi para um lar, sinalizado como tendo défice mental. tendo morado nesta casa muitos anos, já adulto e só. Seu pai o sr. Arnaldo foi carpinteiro e tinha a oficina no r/c. Não, não era o S. José, nem a santa, nem o espirito santo os acompanhou. O anjo era o sr. Gabriel de quem já falei há tempos. O que distribuia leite numa grande vazilha de zinco com um design invejável. A casa, agora desabitada pertenceu a esta família com o 1º andar também. Nas traseiras havia os quintais por onde as famílias dilatavam os seus passos e espaços convivenciais. De outro modo será impossível conceber a exiguidade dimensional para dinâmicas da vida humana.

Nossos irmãos seculares da vida

Um pensamento.
Uma possibilidade de voto.
Uma pedra medieval.
Uma porta sem fecho.
Um homem sem casa.
E, cristo ausente.


Projectos de qual Modernidade?


Que modernidade tem a capacidade de exclusão?
Tão falada e tão pouco praticada?
O que estão a fazer e como?
Que fibra e que fio separa as duas classes? Onde está a classe média? Chegámos à Nova Idade das Trevas? Apenas clero e nobreza? Sem nobreza, de facto. Os BMW estacionam na ciclo-via para se ir à missa ao Domingo. Que nos valha S.Francisco e todos eles lá guardados...

os 3 planos da vida


Nossos irmãos

Foi meu aluno. Aparece-me como uma estrela do fim do mundo e veio substituir antiquíssimas figuras que ajudavam todos e nunca se lembraram de se ajudar a si mesmos; tem um nome, uma epiderme que lhe ampara toda a organicidade. E tem sobretudo a coragem de não abandonar a terra onde nasceu. Quis ir votar, e foi como todos nós, «Os vencidos da Vida»; perguntar-lhe-ei se ficou tão insatisfeito quanto eu?! Sem poetas, sem esperanças.

domingo, 9 de janeiro de 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

Flores que vieram de Vila Viçosa




Chamou-lhe 'Caracoleiro' porque as flores se enrolam e são espiraladas. Nunca as tinha visto antes, e pareceram-me lindíssimas, trazia-mas uma mulher lindíssima também, que não me podia ver no jardim do lugar onde trabalhava.
Cegava lentamente, mas gostava de trabalhar a terra; as duas inventávamos espaços e flores. Todas as Segundas-feiras ela aparecia com receitas conventuais e ramalhete de verduras com raiz e flores. Estas florescencias nascem de uns feijões. Como em Vila Viçosa tudo lhe nascia docemente igual a ela
e à sua própria aceitação de admitir a invisibilidade com a elegância semelhante aos Paços do Duque.