domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
As tendas à beira da estrada
A tenda à beira da estrada aparece e apresenta-se como as estações do ano.
No Outono a vinha inclina-se sobre ela e criam um espectáculo cénico de pasmo. A curva pacífica dos montes como horizonte deixa-nos a vista pousar tranquilamente neste todo; e, inesperadamente de dentro deste improviso saem coisas, entram coisas. Apenas é preciso estar atento. Atento aos 3 lados do triangulo, como uma trindade e/ou uma triologia. É uma forma piramidal que se veste, se despe e deve ter a medida d'ouro para ser tão atrente, embora seja de lata como uma figura do «Feiticeiro de Oz».
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as casas que não se têm e as que se inventam
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Atlântico-Sul: Deus e o Diabo na serra
Atlântico-Sul: Deus e o Diabo na serra: "1. Sidney falou-me do Apocalipse. Voltávamos de São José do Vale do Rio Preto e era de noite. Já tínhamos deixado Vinicius de Moraes em ca..."
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A porta Medieval
Por esta porta entrava e saia uma família com 4 filhos.
A mais velha das filhas chamava-se Palmira, e a mais nova Isilda, a mais linda de todas. A estória nem é a do moleiro. Poucos partiram e antes pelo contrário; foram ficando no labirinto de um buraco escavado entre dois prédios também pequenos.Entre as duas raparigas, e no meio, haviam 2 rapazes que não me lembro o nome. A Palmira casou e teve 2 filhos gémeos, e mais outro rapaz, o marido separou-se dela e deixou-a com 3 filhos, os quais foram criados com muito sacrifício. O mais velho foi para um lar, sinalizado como tendo défice mental. tendo morado nesta casa muitos anos, já adulto e só. Seu pai o sr. Arnaldo foi carpinteiro e tinha a oficina no r/c. Não, não era o S. José, nem a santa, nem o espirito santo os acompanhou. O anjo era o sr. Gabriel de quem já falei há tempos. O que distribuia leite numa grande vazilha de zinco com um design invejável. A casa, agora desabitada pertenceu a esta família com o 1º andar também. Nas traseiras havia os quintais por onde as famílias dilatavam os seus passos e espaços convivenciais. De outro modo será impossível conceber a exiguidade dimensional para dinâmicas da vida humana.
Nossos irmãos seculares da vida
Projectos de qual Modernidade?
Que modernidade tem a capacidade de exclusão?
Tão falada e tão pouco praticada?
O que estão a fazer e como?
Que fibra e que fio separa as duas classes? Onde está a classe média? Chegámos à Nova Idade das Trevas? Apenas clero e nobreza? Sem nobreza, de facto. Os BMW estacionam na ciclo-via para se ir à missa ao Domingo. Que nos valha S.Francisco e todos eles lá guardados...
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Vidas de abandono e vanguardas vagabundas
Nossos irmãos
Foi meu aluno. Aparece-me como uma estrela do fim do mundo e veio substituir antiquíssimas figuras que ajudavam todos e nunca se lembraram de se ajudar a si mesmos; tem um nome, uma epiderme que lhe ampara toda a organicidade. E tem sobretudo a coragem de não abandonar a terra onde nasceu. Quis ir votar, e foi como todos nós, «Os vencidos da Vida»; perguntar-lhe-ei se ficou tão insatisfeito quanto eu?! Sem poetas, sem esperanças.
sábado, 22 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Flores que vieram de Vila Viçosa
Chamou-lhe 'Caracoleiro' porque as flores se enrolam e são espiraladas. Nunca as tinha visto antes, e pareceram-me lindíssimas, trazia-mas uma mulher lindíssima também, que não me podia ver no jardim do lugar onde trabalhava.
Cegava lentamente, mas gostava de trabalhar a terra; as duas inventávamos espaços e flores. Todas as Segundas-feiras ela aparecia com receitas conventuais e ramalhete de verduras com raiz e flores. Estas florescencias nascem de uns feijões. Como em Vila Viçosa tudo lhe nascia docemente igual a ela e à sua própria aceitação de admitir a invisibilidade com a elegância semelhante aos Paços do Duque.
Cegava lentamente, mas gostava de trabalhar a terra; as duas inventávamos espaços e flores. Todas as Segundas-feiras ela aparecia com receitas conventuais e ramalhete de verduras com raiz e flores. Estas florescencias nascem de uns feijões. Como em Vila Viçosa tudo lhe nascia docemente igual a ela e à sua própria aceitação de admitir a invisibilidade com a elegância semelhante aos Paços do Duque.
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