Brinquei aqui na forma mais pueril e inocente, mesmo perto dos sardões, das cobras fininhas e dos lagartos. Tinha acesso livre a este palácio com uma enorme cozinha de azulejos azul no branco, que nem quero saber dos seus desígnios. Aqui, neste lugar, debaixo do dragoeiro, acontecia o tempo passar devagar, mesmo com os medos do poço. Na casa apalaçada como lhe queiram chamar havia apenas uma figura feminina que andava entre enormes espelhos. Era fininha e vestia sempre de preto. Uma solidão temerosa, quase parecida com a forma tubular do poço onde era proibido irmos. Esse misto de proibidos/permitidos foi sempre uma forma de aprender outras vidas de confronto. As ameias ficaram-me sempre na memória mesmo depois de ter todos os outros longe, muito longe. Uma espécie de rosa do «Pequeno Princípe», estas eram as ameias onde nasci mesmo sem ter palácio.
domingo, 7 de novembro de 2010
O Rei Leão
Brinquei aqui na forma mais pueril e inocente, mesmo perto dos sardões, das cobras fininhas e dos lagartos. Tinha acesso livre a este palácio com uma enorme cozinha de azulejos azul no branco, que nem quero saber dos seus desígnios. Aqui, neste lugar, debaixo do dragoeiro, acontecia o tempo passar devagar, mesmo com os medos do poço. Na casa apalaçada como lhe queiram chamar havia apenas uma figura feminina que andava entre enormes espelhos. Era fininha e vestia sempre de preto. Uma solidão temerosa, quase parecida com a forma tubular do poço onde era proibido irmos. Esse misto de proibidos/permitidos foi sempre uma forma de aprender outras vidas de confronto. As ameias ficaram-me sempre na memória mesmo depois de ter todos os outros longe, muito longe. Uma espécie de rosa do «Pequeno Princípe», estas eram as ameias onde nasci mesmo sem ter palácio.
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