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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

as casas acontecidas



Esta era a casa, estes eram os lugares,
Estas foram as árvores e os campos que o inferno degolou. Um paraíso de imaginários. Daqueles que hoje se anunciam em livros de pedagogia e não se praticam em quase lado nenhum.
Na casa das luzes acesas compravam-se tachos e panelas com brilhos iguais às luzes que de lá se se apercebem. Outros são os sons, os exercícios da palavra e os dicionários de letras.
Acabou-se a eternidade que mesmo com a morte nos espreitava. A destruição é raínha com o seu exército de fantasmagóricas mudanças desordenadas. O rei é o leão; e, o resto o pasmo, a indiferença dos que têm de ver programas na televisão porque é o que há.
Fantásticos programas sobre a pobreza e miséria alheia.
O brilho das panelas, púcaros e tachos e outros objectos reluzentes paralelos aos dicionários sonantes finaram.
Jamais será preciso subir aquelas escadas da arquitectura d'ouro na medida exacta para não cansar. Campos a mais campos a menos, quem tem casinhas no campo que as proteja. O sol quando nasçe não é para todos, nenhum padre disse nunca na igreja. Não haveria necessidade de dizê-lo. A verdade está bem à vista. Dragoeiro para cá dragoeiro para lá meu maior chapéu de sol d' infância. Palácios e sonhos à volta. Escritas em cada folha daquela árvore...
Fotografias captadas por mim no dia 4 de Novembro às 18H de 2010

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