O que me interessava no Fausto, era esta 'faustosidade' sem pretensões. O branco, a eleição conjunta de todas as cores. Nunca me apercebi das maiores loucuras entre os homens, ou seja se são uns ou outros, mais loucos. Este hexágono do lago onde é passada a cena da Opera de Gounod que principia com um corpo a desejar parecer nú como o da Laurinha, o hexágono do lago 'barroco', quem primeiro o desenhou foi a abelha. Um animal que parece simples e que na sua complexidade faz e desfaz mil e uma tarefas de elaboração silenciosa com um labor invejável até nos servir. (lembrar a gravidade do seu extermínio por linhas invisíveis destas sábias Online invenções).
Falaste há dias das crianças e da envolvente agressora dos palavrões. É certo, mas o silêncio, ou certos silêncios contêm tanta ou mais agressividade do que certas palavras.
Vi «O Silêncio» do Bergman a preto e branco, e tenho constatado que a dor e a agressão na Arte Terapia, são na maioria das vezes vermelho ou preto. A mancha de sangue que cria a mácula nos lençóis é preta e o sofrimento da criança dói como uma ausência de vazio onde ninguém vive, nem deserto sequer é. Aquele outro Fausto, mecânico cerebral das contas, ligava as mãos e voltava a ligar como quem liga o mundo e fornecia a água a quem não tinha. Apenas queria comparar movimentos de silêncios brancos. Lençóis, velas ao mar, ligaduras tantas com que vivi e contemplei como espuma de ondas a sarar feridas. Para aquele homem não havia estações, mas era no Inverno que mais era assolado pelas frieiras que não o impediam de trabalhar, enrolando, enrolando e desenrolando panos brancos e silêncios sem incómodos. A família diferenciada sofria com aquele estado aparentemente miserável (de psicose, tens tu a posse de o cognominar!) Mas hoje que poucos ou nenhuns trabalham e que a filantropia e o verbo fidelidade está em extinção como as abelhas, o que poderemos chamar? Vivi quase como as ligaduras do Fausto enrolada com um dos seus sobrinhos, por isso sei mais. À conta do seu défice, ganhou a fama de "Feiticeiro".
Falaste há dias das crianças e da envolvente agressora dos palavrões. É certo, mas o silêncio, ou certos silêncios contêm tanta ou mais agressividade do que certas palavras.
Vi «O Silêncio» do Bergman a preto e branco, e tenho constatado que a dor e a agressão na Arte Terapia, são na maioria das vezes vermelho ou preto. A mancha de sangue que cria a mácula nos lençóis é preta e o sofrimento da criança dói como uma ausência de vazio onde ninguém vive, nem deserto sequer é. Aquele outro Fausto, mecânico cerebral das contas, ligava as mãos e voltava a ligar como quem liga o mundo e fornecia a água a quem não tinha. Apenas queria comparar movimentos de silêncios brancos. Lençóis, velas ao mar, ligaduras tantas com que vivi e contemplei como espuma de ondas a sarar feridas. Para aquele homem não havia estações, mas era no Inverno que mais era assolado pelas frieiras que não o impediam de trabalhar, enrolando, enrolando e desenrolando panos brancos e silêncios sem incómodos. A família diferenciada sofria com aquele estado aparentemente miserável (de psicose, tens tu a posse de o cognominar!) Mas hoje que poucos ou nenhuns trabalham e que a filantropia e o verbo fidelidade está em extinção como as abelhas, o que poderemos chamar? Vivi quase como as ligaduras do Fausto enrolada com um dos seus sobrinhos, por isso sei mais. À conta do seu défice, ganhou a fama de "Feiticeiro".
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