

Se há as cabeças vazias d'idéias, outras, estão repletas. As nossas fumegavam e as fronteiras eram longas para que umas se compreendessem às outras. Para mim ela abriu um vestido, como se abre uma porta, que para mim, em inglês é sempre uma aflição por causa do 'push' de som igual ao nosso. Abriu a 2ª pele para um show que todos teríamos vontade que nunca se tivésse iniciado. Conheci sempre a Laurinha a olhar de frente e de lado, um olhar que deveria ser discreto, mas nem era porque como demonstrou, abria o espanto e o corpo, como as pessoas hão-de abrir o porco. Uma ferida, na sua pureza, ao centro.
Ela morreu depois, nessa pressa que a nós nos passa por dias e instantes. E é depois de novo que falamos dela, vestida, despida, de roupa aberta como uma porta (digo eu), ou levantada como um estore pela manhã (dizes tu). Mas ela viveu sempre de noite e de dia e como dizia sempre
«sou uma mulher asseada», para não dizer 'assediada'.Uma mulher imortal, no fim e no princípio das eras.
Uma vida ilusória repleta de dor e significados mais leves e mais fortes.
As fronteiras unificaram-se, passam-se e ultrapassam-se fácilmente, mas já nem nessa terra se diz bom dia.
Sorte a tua saberes que vives sobre um campo de trigo, lavrado e cultivado. Com um riacho lá em baixo ao fundo ladeado de ol
