
E n'outros também fazem de conta que o que é preciso é advertir contra um catecismo dogmático.Pelo seu perigo na verdade confessa, pela denúncia e também pelo «pecado» da honestidade. Já Bob Dylan dizia: "é preciso ser muito honesto para viver à margem da lei"
Lia o Caim enquanto da morte de minha mãe. E perguntava-me, ela sempre com ar circunspecto porque é que os homens são tão maus? A nós parece-nos muitas e, mais que muitas vezes fácil dizer que poderia ser melhor se e se...Mas também nem se pode dizer bem qual "Se..." e qual é o melhor?




Mago (Saramago) trouxe-nos outros alfabetos de letras, com gramáticas oníricas que se espalharam por várias folhas, mais...muito mais do que mil e uma. Lidas com gosto por todos que as leram, na terra, debaixo de uma árvore, ou de barco, ou ainda no ar. Vi, não sem tristeza o que aconteceu ao "Elefante" que o cornaca levou até Viena. Esteve no Museu Nacional de Arte Antiga durante a exposição: «Encompassing» (Portugal no Mundo). Das pernas do animal fizeram um banco, repleto de escrita.
Assim são os homens, assim é a vida e a morte; e melhor do que ninguém ele soube-a e sabe-a agora.
Que voe no éter, se espalhe e se ame. Retirei da "amazon" algumas destas imagens, que se têm ou não direitos de autor, ignoro. Saramago é um homem do mundo e do Universo, vale a pena arriscar. É um consolo chegar-se a uma casa londrina, holandesa, e sueca e ver capas com o nome dele, identificando de imediato a que livro se refere, mesmo que a língua nos seja mais distante do que o inglês.


Aquela imagem de Jesus a fugir com o cordeiro que levava para sacrificar, por imolação no altar é do mais poético que há.
Hoje nem sei se foi Jesus que o levava, e que pena não ter(terem) desatado a correr com ele pela estrada abaixo para o rio. Claro que era tarde. Talvez pelo menos os livros sejam mais lidos, a partir de agora com a ajuda do Tolentino de Miranda e do Carreira das Neves, únicos que o entenderam na esfera do Cristianismo. A desenhar, qualquer das suas imagens, são definitivamente as que falam da humildade, igualdade, infinita humilhação e provação. Desígnios nunca alheios aos da bíblia, como a bondade e a da agressão sem compadecimentos. Tal como todos os fenómenos catastróficos que dominam o cosmos. Mas, maior predominancia é a história e a apreciação do amor e do respeito partilhado. Um afecto com paz, com tempo e pensamento.



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