O dia que inventaram das mães, para mim, é igual à «A Espuma dos Dias»(do Boris Vian.) Uma vontade que se levanta com o amor e se baixa com o Outro. Uma tempestade no mar que se esbarra na areia até ao fim, um fim como uma eternidade transformada na espuma que volta de novo para o mar; uma útil inutilidade da Criação, tempestuosa, agitada num comum eterno e espumoso final, absorvido pelas areias que nos esperam à beira-mar. Uma espuma desfeita pelo Sol, pela madrugada e pelas aves marinhas... Um éter também absorvido pelas ventanias nocturnas.
Um desaparecimento da figura na bruma do final dos dias.
Um doce esmagamento, numa escala definitivamente indefinida
Um desaparecimento da figura na bruma do final dos dias.
Um doce esmagamento, numa escala definitivamente indefinida
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