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terça-feira, 4 de maio de 2010

Os Dias das Mães

O dia que inventaram das mães, para mim, é igual à «A Espuma dos Dias»(do Boris Vian.) Uma vontade que se levanta com o amor e se baixa com o Outro. Uma tempestade no mar que se esbarra na areia até ao fim, um fim como uma eternidade transformada na espuma que volta de novo para o mar; uma útil inutilidade da Criação, tempestuosa, agitada num comum eterno e espumoso final, absorvido pelas areias que nos esperam à beira-mar. Uma espuma desfeita pelo Sol, pela madrugada e pelas aves marinhas... Um éter também absorvido pelas ventanias nocturnas.
Um desaparecimento da figura na bruma do final dos dias.
Um doce esmagamento, numa escala definitivamente indefinida

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