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terça-feira, 4 de maio de 2010

abelhas, joaninhas, lagartas e lagartos

Era diabólico o pulsar das flores a rebentar a terra e a eterna ternura quase maliciosa entre elas; uma sensualidade propagada entre todos nós, os viventes. À escala humana a flora é à dimensão da criança, o que a realiza uma sua igual.
Parceria do mesmo condomínio a registar a mesma entrada e a semelhante paga.
Diferentes coloridos eram implícitos nas divisões dos espaços, situação a demonstrar diferentes identidades e localizações.
Ir à espiga era um acto sagrado pela representação identitária e mítica do Pão denunciado através da espiga e dos seus grãos tão aninhados como verticais. O sonho deambulante de quem quer viver em labiríntos profundos e espiralados. Os pintores e
poetas por lá também viviam sem medo e sem pressa. Era um mar de trigos e flora d'outros inícios.Maio era já difuso, omês das rosas e dos sonhos a Verão com um misto e mítico deambular semelhante a quem inicia o desejo de se sentar num cadeirão de campo a ver o mar, ou as serras.
Maio era o amor que chegava para ficar, sem duvidas ou questões. O apaziguamento do coração.
A Fé nas coisas simples e toda a inegável beleza dos universos minúsculos. Como as formigas e as abelhas; as aranhas e todas as respectivas tarefas destes brilhantes animais. O desencadeamento de sucesso de tudo quanto criam e ao que se dedicam.

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