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quarta-feira, 24 de março de 2010

e...da minha terra também se avistavam outros mundos

Da minha terra também se avistavam os antigos universos. A epigrafia que chegou devagar com os monges e os Livros de Horas. Já num gótico despojado do românico, uma Idade de Ouro que brilhava ainda nos livros e nos rios onde por perto as instalações se erguiam em majestade aos céus, e pela utilidade das azenhas para fazer o pão para abastecer populações famintas. O medo e a tentação do poder divino desenhado na sublimação do dever à Superior Ordem subjectiva-a Cisterciense; a filosofia de S. Bernardo de Claraval chegou banida de pinturas e demais distracções ao culto. A determinação da Régula para novos regulamentos do ser e estar. As pedras limpas apenas admitiam a dignidade do arco em ogiva, o arco gótico e a pureza minimal da altitude do esplendoroso pé direito:-a altitude magnanime. Desse século revisitado de Afonso Henriques era transitar para a Batalha, ou o contrário. Ou apenas uma visita saboreada com muita tranquilidade, a que o tempo tudo permitia. Ainda sinto a humidade da pedra nos lábios que nesse tempo tocavam o enrolamento barroco da pedra do Fontanário, de mal ver o espelho horizontal deitado, acima do meu olhar, recebendo as gotas da taça menor, até hoje expoente de traçado de quem vê as águas e lhes conhece o sabor, sabendo da sua utilidade e economia..

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